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AINDA SOBRE O FESTIVAL DE BRASÍLIA

DATA:20/09/2025

Por Beatriz Nardelli

MOSTRA BRASÍLIA NO SESC 504 SUL

A Mostra Brasília ocorrida no SESC DA 504 Sul, na manhã de 16 de setembro, reafirmou a relevância deste bloco do Festival de Brasília do Cinema Brasielrio, ao oferecer para o público uma seleção de curtas que transitaram entre profundas reflexões sobre diversos aspectos humanos, cenas emocionantes, e extremamente profundas. O público foi convidado a mergulhar em diferentes linguagens e sensibilidades, num recorte que revelou tanto a potência criativa dos realizadores quanto a pluralidade dos filmes.

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro segue sendo um espaço de encontro, diversidade e inovação. A cada edição é reafirmada a sua relevância no circuito de festivais brasileiros, ao dar voz às produções locais, ampliando narrativas e perspectivas que dialogam com o presente, a ficção, e projetam futuros possíveis.

Abrindo a sessão, o curta “Terra”, uma ficção dirigida por Leo Bello (brasiliense), com fotografia de André Carvalheira, apresentou numa poética, porém fantástica e surreal , uma personagem que tenta encontrar suas raízes, num retrato que transforma gestos cotidianos em celebração. Em sequência “Notas Sobre a Identidade”, com direção de Marisa Arraes, apresentou um enredo ousado e simbólico, demonstrando a Identidade e o futuro no olhar feminino, num enredo ousado e simbólico. O fato de apresentar uma casa composta apenas por mulheres, como comumente acontece no cotidiano brasileiro, onde Maria (cientista), Lia (professora de artes) e Raquel (uma android), se preparam para o São João da escolinha de Lia, mescla cotidiano, afeto e especulação futurista, costurando questões de gênero, convivência e pertencimento.

E por último e não menos importante, o documentário “Vozes e Vãos”, com direção feminina de Edileuza Penha de Souza e Edymara Diniz, que mostrou  jovens quilombolas e a preservação da cultura e tradição, segue finalizando a manhã com uma demonstração de luta e afeto pelo território e as tradições coletivas, mesclando as ideias dos mais velhos e o desejo da manutenção da coletividade dentro da comunidade quilombola.

Esses três filmes, cada um com seu jeito próprio, linguagem e sua mensagem, demonstraram a importância da Mostra Brasília, que segue como espaço de troca e criatividade. Ao destacar histórias sensíveis e abrir espaço para novos olhares, o festival não só celebra o cinema, mas também mostra a força da arte para contar histórias, guardar memórias e pensar no futuro.

Por Beatriz Nardelli 

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